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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O FILHO QUE NÃO TIVE


Quando amanheceu, você permanecia ainda em mim...


O filho que não tive
Hoje vive em mim.
Ele corre pela vida à procura do sonho.
Verdade maior...
Ainda pulsa em meu ventre
Entre riso e pranto contidos de dor,
Brinca no meu colo,
Senta no meu abraço,
Dorme no embalo do boi da cara preta.
O filho que não tive
Viveu em mim num curto espaço de tempo.
Momento suficiente para redefinições,
Para o desapego de tudo aquilo que já não serve à jornada,
Para a busca de outros caminhos
Ou o resgate de alguns que tenham sido esquecidos.
O filho que não tive
Já não vive em mim,
Mas apontou-me um caminho de luz
Que hoje ele trilha sozinho.
O filho que não tive
Hoje faz-se em mim.


Fátima Sampaio
Setembro/2010

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